quinta-feira, 19 de novembro de 2009
Calendário - Novembro - CJSBH
Oratório Festivo Bartolomeu Garelli – Aos domingos – 13 às 17 horas
DATA NOVEMBRO
01(Dom) Oratório Festivo Bartolomeu Garelli0
2(2ª ) Feriado - Finados03
3(3ª ) 03 a 09 -Retiro Anual dos Salesianos - C.Campo
Aniversário do educador Rodinele
Início do Módulo de Modelagem do Vestuário0
4(4ª ) Reunião Formativa Educadores: Avaliação CJS
Apresentação do Projeto de Teatro – E.E. Alice Nacife – 15 às 16h0
5(5ª ) Quinta Cultural – Diálogos da Juventude -3º objetivo do Milênio – 19 às 21:30h0
6 (6ª ) Encaminhamento do projeto Social 2010 do CJS para a ISJBApresentação do Projeto de Teatro – E.E. Alice Nacife – 19 às 20h0
7 (Sáb ) Encontro de Educadores Voluntários – Local: C.J. Dom Bosco – 11 às 17h0
8 (Dom ) Oratório Festivo Bartolomeu Garelli0
9(2ª ) Reunião de Articuladores – 9h Local: ISJB – Amigo Oculto dos educadores – 13h
10 (3ª ) Celebração – Resp: Educador Alex
11(4ª ) Encontro de Educadores Sociais do SSEP – Local: Colégio Salesiano – 8 às 17h
12(5ª ) Quinta Cultural – Diálogos da Juventude – 15 às 17h
Avaliação dos educandos do Pré-enem – 18h
13(6ª ) Reunião da Comissão SSEP – 8 às 17 horas
14 (Sáb) Aulas pré-vestibular e Pré-enem
15 (Dom) Feriado - Proclamação da República
16(2ª ) Avaliação dos educandos do Supletivo – 21h – Visita do Inspetor Pe. Nilson – 13h
17(3ª ) Atividade de formação,recreação e confraternização para educandos do Lar de Eva Visita a casa com educandos e educadores e entrega dos alimentos – 14 às 17h
18 (4ª ) Reunião Formativa Educadores: Avaliação CJS –Encontro de Famílias – 19h Exposição de Máscara do Projeto de Teatro 16:30 - 19:30- 20:30
19(5ª ) Quinta Cultural – Aula Criativa – Avaliação educandos do Pré-vestibular – 21h
20 (6ª ) Dia Nacional da Consciência Negra
21 (Sáb )
22 (Dom ) Oratório Festivo Bartolomeu Garelli
23 (2ª ) Avaliação educandos Corte e Costura e Modelagem – 16h e 18 h
24(3ª ) Celebração – Resp: Avilmar25 (4ª ) Reunião Formativa Educadores: Avaliação CJSAvaliação educandos do Teatro – 16h e 19h
26(5ª ) Quinta Cultural – Quadra – Encontro CDI – Participação: Rose e Alex
27(6ª ) Encontro CDI – Participação: Rose e Alex28
(Sáb ) Provas Telecurso 200029(Dom ) Provas Telecurso 2000
30(2ª ) Avaliação educandos de Informática – 16h – 19h – 21h
Poderá, eventualmente, ocorrer alterações – Rosilene de Brito – Coordenação Educativa e Pastoral

terça-feira, 13 de outubro de 2009
GRUPO DE ESTUDOS - LIVROS DA UFMG
O educando Hugo Carlos iniciou as atividades orientando os estudos da obra Sermões da Sexagésima do Pe. Antônio vieira.
As atividades acontecem nas biblitoecas do Centro Juvenil Salesiano (nas quartas-feiras) e na biblioteca do Centro Cultural Pampulha, aos sábados.
Na próxima quarta-feira, dia 14/10/2009 será a vez da educanda Nathalya Marinho orientar sobre a obra Bom Crioulo, de Adolfo Caminha.
veja abaixo os estudos feitos pelos educandos.
Livro: Bom Crioulo (Estudo feito por Nathalya Marinho)
Livro: Sermão da Sexagésima (Estudo feito por Hugo Carlos)
Fonte: Biblioteca do CJSBH
Palavras-chave: estudos de obra - biblioteca- educandos - pré-vestibular

segunda-feira, 28 de setembro de 2009
VOCÊ JÁ FEZ SEU PARA CASA? (POR ADRIANO GOULART)
O dia começa e Fernanda inicia sua pesada rotina. Estudos, trabalho, cuidar da saúde, da beleza, família, amigos, relacionamentos, compras, transportes, ufa!!!.. Tudo que a maioria das pessoas passa todos os dias. Não demora muito e Fernanda se vê às claras com tudo de errado e absurdo e corrupto que acontece na sociedade e refletindo, sofre com o fato dela sozinha não conseguir mudar muita coisa. O que fazer então?
Existem várias formas de você fiscalizar. Ler jornais ou assisti-los na televisão e ficar atento aos nomes de políticos que aparecem por lá é uma boa opção. Procure saber se estão falando coisas boas ou ruins desse político. Se aparece alguma informação nesse jornal sobre o seu representante ou que você deseja votar.
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Adriano Goulart - Bibliotecário

quarta-feira, 23 de setembro de 2009
VOCÊ QUER GASTAR A SUA VIDA COM O QUÊ? (POR ETIENE EGG)
Não podemos perder de vista nossos objetivos, nosso futuro, mas devemos ter a consciência de que o único tempo que temos para ir até lá é o tempo presente, o “hoje”. Isso pode parecer assustador às vezes, mas é bem simples.
Como você pretende estar daqui a uns dez anos? Casado, solteiro, com um emprego bacana, um carro legal, na faculdade ou com uma profissão de respeito. É assim que começamos a construir o nosso projeto de vida, a partir do objetivo. Em seguida, traçamos o caminho pelo qual pretendemos seguir para chegar lá.
Mas é importante lembrar que nossa vida é dinâmica e, como o projeto de vida tem a ver com a gente, ele também pode sofrer alterações. Não há, nessa idéia, nada que seja imutável. O que existe é, na verdade, a possibilidade de se construir um futuro melhor, com bases sólidas, a partir de hoje.
E então? Com o que você pretende gastar esse bem valioso que é a sua vida? Procure responder e, quando conseguir, comece logo a construção do seu projeto de vida.
Etiene Egg.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009
PRIMEIRO EMPREGO PARA JOVENS - OPORTUNIDADE
1º emprego para nossos jovens da Região Metropolitana, por meio do Projeto MEU EMPREGO. Haverá uma seleção de 100 jovens de idade entre 18 e 23 anos para trabalho de atendente de lanchonete, conforme o Programa abaixo: SELEÇÃO DE JOVENS PARA 1º EMPREGO CARGO: Atendente de Lanchonete; IDADE: 18 a 23 anos; VAGAS: 100; HORÁRIOS DE TRABALHO: 00h/08h ou 16h/00h (50 para cada turno); EXPERIENCIA: Não é exigida; DOCUMENTAÇÃO: RG, CPF, Cart trabalho, Titulo Eleitor e Cert Reservista (homens); ESCOLARIDADE: Ensino Médio completo ou que estejam cursando; - Os jovens interessados deverão enviar um e-mail para: meuempregomg@gmail.com informando os seguintes dados: nome completo e telefones celular e fixo para contato. - Os jovens cadastrados serão entrevistados nos dias 21 (Segunda) e 23 Set (Quarta) nos horários de 14h ou 15h30, na Associação RendaEmprego na Rua São Paulo, 1329, Centro de BH, quase esquina de Av. Bias Fortes, próximo da Igreja Assembléia de Deus. - Somente serão entrevistados aqueles que enviarem os dados para o e-mail: meuempregomg@gmail.com Fonte: Walfredo Rodrigues - Rede Mineira da Cidadania meuempregomg@gmail.com - www.redemgcidadania.org.br Informação: Sônia Souza Palavra-chaves: primeiro, emprego |

quinta-feira, 17 de setembro de 2009
EDUCANDOS DO CJSBH DIALOGAM SOBRE A AIDS, MALÁRIA E OUTRAS DOENÇAS

quarta-feira, 16 de setembro de 2009
EDUCANDOS DO PRÉ-VESTIBULAR CRIAM GRUPO DE ESTUDOS DOS LIVROS DO VESTIBULAR

quinta-feira, 10 de setembro de 2009
EDUCANDOS DO CJSBH NA CONSTRUÇÃO DE UMA CULTURA DE PAZ
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O objetivo do encontro do último dia 9 de


CENTRO JUVENIL SALESIANO TEM NOVO ARTICULADOR SOCIAL
Assumiu Etiene EGG, jornalista, com experiência de trabalho com jovens, e estará a frente das ações de articulação dessa unidade garantindo visibilidade e integração com as instituições parceiras e toda comunidade educativa.
Fonte: CJSBH
Gestor da Informação: Adriano Goulart (Gestor do Site)

quinta-feira, 16 de julho de 2009
ALTERNATIVA PARA HUMANIZAÇÃO DO SISTEMA PRISIONAL
No mês de junho, 70 presos comemoraram em Nova Lima (MG), o aniversário de seis anos de mais um Centro de Reintegração Social que se utiliza do método da Associação de Proteção e Assistência ao Condenado (Apac) – uma espécie de presídio humanista, onde não há polícia, em que os presos - chamados de recuperandos -, além de passarem por uma rotina intensa de atividades para a sua recuperação, têm as chaves da porta da rua.
O método foi idealizado em 1972 pelo advogado paulista Mário Ottoboni, como uma extensão do trabalho da pastoral carcerária, com o objetivo de amenizar constantes rebeliões na cadeia pública de São José dos Campos, em São Paulo. Em 1974, a associação ganhou personalidade jurídica e hoje é uma entidade de direito privado, que trabalha em parceria com o Poder Judiciário.
A Apac tem por objetivo a valorização do preso, oferecendo condições de recuperação através da participação da sociedade, que ganha com a menor reincidência de crimes. O método encontrou maior acolhida na cidade de Itaúna, Minas Gerais, onde foi instalado o primeiro centro em resposta às constantes rebeliões de presos.
A idéia é fortemente estimulada pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais, através do Projeto Novos Rumos para a Execução Penal, que teve início em 2001 e cujo objetivo é fomentar a instalação do método APAC como alternativa de humanização do sistema prisional no estado.
Hoje são cerca de 50 entidades que se utilizam do método Apac em Minas Gerais, algumas dispondo de um prédio próprio, como no caso de Nova Lima e Itaúna, outras, se utilizando do método dentro dos presídios comuns. No Brasil, temos perto de 100 Apacs. Outros 19 países já implantaram o método, entre eles, Estados Unidos, Argentina, Peru, Chile, Noruega, Austrália, Alemanha, Inglaterra, Coréia do Sul, Cingapura, entre outros.
Prisão e arte
Convidado para fazer as imagens de uma cartilha sobre a Apac pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais, o fotógrafo Rodrigo Albert teve contato, na época, com um dos primeiros presídios humanistas do país, em Itaúna.
Oito anos depois, Rodrigo Albert planeja o lançamento de um livro de fotos, um documentário e uma exposição que acontecerá na França, no próximo mês, que ele batizou de "Inserção", trabalho que registra imagens de presos em prisões que adotam o método Apac.
"Eu queria ajudar mas não sabia como. Aí percebi que a fotografia já estava ajudando. Que eu podia, com elas, divulgar o método e ainda mostrar aquelas pessoas através da arte", conta. "Queria mostrar os presos como nunca foram mostrados. A prisão é um tema muito explorado, mas queria dar vida a isso", explica.
Para se aproximar da vida dos presos, Rodrigo chegou a dormir no presídio numa cela com 33 recuperandos. Ele conta que teve medo no início. "Na Apac não tem polícia, senti medo do novo", confessa. Mas num segundo momento, ele diz que a reflexão serviu para conter seu receio. Em suas fotos, feitas com cores fortes, os recuperandos são mostrados de maneira positiva.
Apoio
O desembargador e coordenador do Projeto Novos Rumos, Joaquim Alves de Andrade, é um entusiasta do método. Na coordenação do projeto há nove anos, Andrade afirma que, enquanto o Estado gasta cerca de R$ 2.000,00 por mês com um preso comum, a Apac gasta R$ 375,00 por preso. Um dos segredos, explica ele, é a participação da comunidade. "Não temos gastos com vigilância, a direção é voluntária, recebemos doações de vestuário, comida, e os presos contribuem com o seu trabalho", conta.
Os resultados são eficazes. Segundo dados do Novos Rumos, a reincidência nunca é superior a 10% nos presídios Apac, contra 80% do sistema comum. Para Joaquim Alves, o segredo é o método: "dificilmente um preso que passa por aqui volta a delinqüir. Ele aprende a se transformar de criminoso em cidadão. A Apac é mais escola do que um presídio", explica.
Para tanto, a associação utiliza-se de um método que consiste em 12 elementos fundamentais: a participação da comunidade; a ajuda mútua entre os recuperandos; o trabalho dos sentenciados; cultos religiosos; a assistência jurídica; a assistência à saúde; a valorização humana, cursos profissionalizantes e uma alimentação balanceada; a proximidade das famílias; o estímulo ao voluntariado; a construção de centros de recuperação próximos ao domicílio dos apenados; progressões de penas e um encontro anual onde se tem palestras e testemunhos religiosos.
Para todos
Qualquer preso que tenha cometido qualquer tipo de crime pode fazer parte da Apac. Os centros têm espaço para os sentenciados nos regimes fechado, aberto e semi-aberto, sendo mantidos separados e com direitos e privilégios diferentes.
Toda a Lei de Execução Penal (LEP), em todos os seus artigos, é respeitada. Segundo a juíza de direito substituta de Nova Lima, Perla Saliba Brito, os presos mais antigos do sistema comum são informados sobre o método Apac e é feita uma entrevista. "Se os psicólogos percebem que o preso está disposto a seguir regras disciplinares, se quer trabalhar e se quer não ser policiado, é transferido para a APAC", explica.
No entanto, uma vez que o preso chega ao sistema alternativo, não quer dizer que ele vá cumprir toda a sua pena lá. Na Apac, não se perde o caráter punitivo da pena. Para ficar no método, o preso tem de cumprir inúmeras regras, em que ele vai acumulando méritos. Segundo o recuperando M.B., preso há cinco anos, há horários rígidos para acordar, dormir, obrigações de manter a limpeza do local, trabalhar, estudar, freqüentar a assistência psicológica, e gírias e apelidos não são aceitos,. "Nós deixamos todas as humilhações que sofremos pra trás. Evitamos até mesmo a falar sobre o crime que cometemos. Olhamos para frente", conta.
Na Apac é estimulada a auto-disciplina e a auto-regulação, que são conseguidas através de um intenso trabalho de responsabilização dos presos, do estímulo à convivência em grupo e das atividades educacionais e religiosas. Há o Conselho de Sinceridade e Solidariedade (CSS), formado por outros recuperandos e a direção da casa, que analisam as faltas e os méritos dos recuperandos. As penas são aplicadas pelo CSS, que passam as informações para o juiz da Execução Penal.
Além disso, os presos passam por um estágio probatório. Caso não se adaptem às normas, são novamente transferidos para o sistema comum. "É o caso de uso de drogas, por exemplo", conta Perla Brito. "Quando ficamos sabendo que alguns presos do semi-aberto que trabalhavam na rua estavam fazendo uso de drogas, eu os regredi para a penitenciária", diz. Para ela, os presos têm de aprender a valorizar o método. "É o melhor lugar para se cumprir pena no Brasil. É a luz no fim do túnel", ressalta.
O recuperando W.L., preso há um ano e um mês, concorda. "No sistema comum a gente fica com a cabeça misturada. Chega aqui você é livre. A gente já nota a diferença. Não tem nem comparação. Isso aqui te tira do crime", diz. W.L. nunca pensou em fugir: "aqui eu fico preso pela mente, eu quero mudança pra mim mesmo", reflete.
O recuperando R.L.T. tem uma experiência parecida. Segundo ele, na APAC, os recuperandos vão aprendendo os valores que se perderam ao longo de suas vidas. "A gente chega do sistema comum com a cabeça totalmente poluída. Eu tive uma inversão de valores, estou me reestruturando", afirma.
R. foi condenado por manter na sua oficina um desmanche de veículos e hoje trabalha na marcenaria do centro fabricando caminhões e carrinhos de madeira, já tendo recebido diversos prêmios. "Estou construindo tudo o que eu ajudei a desmontar", conta. No futuro, ele pretende abrir uma marcenaria com as aulas que aprendeu na Apac. "É um dom que eu não imaginava que tinha e vim a descobrir aqui", comemora.
Dificuldades
Mas, nem só de sonhos e cores vive a Apac. O recuperando W.J., preso há 14 anos, relembra o quanto foi difícil manter o centro nos primeiros anos: o terreno fora doado pela prefeitura e empresas privadas ajudaram na construção do centro, mas as dificuldades de manutenção eram constantes. "No início, nós chegamos a passar fome, a comunidade não nos queria. Achavam que aqui era um cadeião", conta. A promotora de justiça Elva Cantero, confirma. "Nós, do Poder Judiciário, [que defendiam a idéia da implantação da APAC em Nova Lima] quase fomos linchados num ato público", relembra.
Mas a iniciativa rendeu frutos e, hoje, a Secretaria de Estado e Defesa Social (Seds) auxilia nos pagamentos dos funcionários do setor administrativo, a prefeitura mantém convênios de cessão de água e luz, em troca dos seis mil pães que os presos produzem e vendem para as escolas e hospitais locais, e a comunidade contribui com doação de roupas, alimentos, e com o trabalho voluntariado, base de toda APAC. "Estamos caminhando para a sustentabilidade", comemora Magna Lóis, presidente da Apac.
O centro, que já conta com uma padaria, terá uma fábrica de placa de carros para os recuperandos do regime semi-aberto. No regime fechado, os apenados contribuem com a limpeza dos dormitórios e com tarefas de labor-terapia, uma vez que estão no início da pena e passam por atividades focadas na reflexão.
O recuperando C.D.C., preso há um ano e hoje no regime semi-aberto, conta que está se beneficiando das oportunidades. "Estou aprendendo a viver uma vida digna. Quando estava na cadeia, só tinha duas mentalidades: usar drogas e o celular. Hoje não. Quero fazer um curso profissionalizante. Quero quebrar o gelo entre o presídio e a sociedade. Quero fazer a diferença", sonha.
Veja as fotos do ensaio "Inserção", de Rodrigo Albert
Artigo sobre Apac no site do Fórum Brasileiro de Segurança Pública
Fonte: www.comunidadesegura.org.br
Palavras-chaves: APAC, Recuperando, Nova Lima
Gestor da Informação: Julio Cesar dos Santos – Articulador Social

terça-feira, 14 de julho de 2009
Grande estréia do Projeto Juventude e Prevenção da Violência em Belo Horizonte
Nos dias 1º e 2 de julho de 2009, foi realizado o primeiro Seminário do Projeto Prevenção da Violência entre Adolescentes e Jovens no Brasil: Estratégias de Atuação, em Belo Horizonte. O seminário foi concebido e realizado pela equipe do Instituto Sou da Paz, responsável por um dos eixos deste projeto – a sensibilização e formação de gestores sobre prevenção da violência entre jovens.
O seminário teve grande interesse por parte do público, o que se traduziu no volume de inscrições – aproximadamente 200 inscritos para 50 vagas. A aceitação da proposta metodológica e dos conteúdos trabalhados no Seminário Juventude e Prevenção da Violência: Novas Perspectivas, foi igualmente expressiva. Os participantes responderam ao questionário de avaliação aplicado pela equipe do Sou da Paz e avaliaram a relevância das atividades com os conceitos ótimo/bom: 89,4% e o conteúdo: 85,2%. Outro ponto bem avaliado foram os materiais apresentados pelo Instituto Sou da Paz, que foram solicitados como referência e/ou para replicação em outros espaços.
Participação de atores locais
Tivemos a honra de contar com a presença de importantes representantes da área de Segurança Pública na abertura do Seminário Juventude e Prevenção da Violência: Novas Perspectivas, que contribuíram com a contextualização do tema junto aos participantes,.
A Coronel Luciene Albuquerque da Polícia Militar de Minas Gerais apontou a necessidade da aproximação entre a polícia e os grupos juvenis. O Professor Doutor Luis Flávio Sapori, coordenador do Centro de Pesquisa em Segurança Pública (Cepesp) da PUC Minas, ressaltou a urgência de pensar em estratégias preventivas para o controle da violência e da criminalidade. Para concluir este primeiro momento do Seminário, o subsecretário de medidas sócio-educativas do governo do Estado de Minas Gerais, Ronaldo Pedrón, abordou a importância dos investimentos na qualificação das ações de repressão, aliadas a prevenção como importante instrumento para redução das taxas de criminalidade e violência no Estado.
A diversidade do público foi outro ponto marcante neste encontro. Entre os profissionais de Belo Horizonte, Betim, Contagem e Sabará, havia representantes de diversos setores do poder público - Secretarias da Saúde, Esportes, Defesa Social, Programa Fica Vivo, Conselho Tutelar etc. - sociedade civil - Juventude Batista Mineira (JUBAM), Associação de Reintegração da Criança e Adolescente (ARCA), Centro Juvenil Salesiano, Instituto Elo entre outros, além de agentes da Guarda Municipal, Polícia Militar e Civil. A oportunidade de trocar experiências e trabalhar em conjunto com pessoas de diferentes áreas foi ressaltada como muito positiva pelos participantes, que se mostraram interessados na continuidade do debate e da troca por meio de uma lista de discussão virtual.
A importância do Apoio Local
O Instituto Sou da Paz, acreditando que a articulação com instituições locais é um dos componentes fundamentais para a realização dos seminários que acontecerão em todo o Brasil neste segundo semestre, teve a honra de contar com o apoio da PUC Minas, em nome do Professor Luis Flávio Sapori, coordenador do Cepesp. O espaço cedido pela PUC Minas, assim como o apoio do Professor Sapori para a mobilização e articulação necessária para o Seminário Juventude e Prevenção da Violência foram de grande importância para o sucesso do evento.
Próximos passos
Está prevista neste projeto, a publicação de 05 cartilhas temáticas sobre o tema Juventude e Prevenção da Violência, para o 1º semestre de 2010. Aproveitando o contato com os profissionais atuantes na área que participaram do Seminário, realizou-se uma consulta, sobre os temas de maior relevância e interesse para os atores envolvidos com juventude e Segurança Pública.
Os 05 temas mais votados foram os seguintes:
Polícia e juventude | 24 |
Cultura de Paz e prevenção de violência | 20 |
Família e prevenção de violência | 18 |
Escola e prevenção de violência | 13 |
Espaços públicos e prevenção de violência | 13 |
O próximo Seminário acontecerá em Porto Alegre (RS) nos dias 22 e 23 de julho, com a parceria local da Guayí, representada pelo Coronel Luiz Antônio Brenner Guimarães.
Para ver as fotos do seminário que ocorreu em Belo Horizonte e acompanhar notícias sobre os próximos passos, acessem o nosso Blog: www.soudapaz.org/juventudeseguranca
Veja as fotos aqui
Fonte: www.soudapaz.org/juventudeseguranca
Palavras-chaves: Juventude, Segurança, Seminário
Gestor da Informação: Julio Cesar dos Santos – Articulador Social

quarta-feira, 8 de julho de 2009
OFICINA DE TEATRO
Olá pessoal, OFICINA DE TEATRO: JOVENS EM AÇÃO, CULTURA É TRANSFORMAÇÃO. Inscrições até dia 17/07/2009 Duração: Agosto a Dezembro de 2009 Conteudo: Oficina de Mascaras, Oficina de Circo, Formação em Direitos Humanos e Segurança Publica. Encontros: quartas e sextas-feira - tarde ou noite. Maiores Informações no site centrojuvenilsalesiano.com.br ou 3476-1122 Palavra-chaves: Oficina, teatro Sônia Souza Educadora |
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Precisa-se de Educadores Voluntários
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sexta-feira, 19 de junho de 2009
Oficina de Teatro-Gratuito
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segunda-feira, 15 de junho de 2009
PRÉ-ENEM E PRÉ-VESTIBULAR

quarta-feira, 10 de junho de 2009
REDUÇÃO DA MAIORIDADE PENAL
No Brasil, a maioridade penal já foi reduzida: Começa aos 12 anos de idade. A discussão sobre o tema, portanto, é estéril e objetiva, na verdade, isentar os culpados de responsabilidade pelo desrespeito aos direitos e garantias fundamentais da criança e do adolescente, previstos na Constituição Federal.
O maior de 18 anos de idade que pratica crimes e contravenções penais (infrações penais) pode ser preso, processado, condenado e, se o caso, cumprir pena em presídios. O menor de 18 anos de idade, de igual modo, também responde pelos crimes ou contravenções penais (atos infracionais) que pratica.
Assim, um adolescente com 12 anos de idade (que na verdade ainda é psicologicamente uma criança), que comete atos infracionais (crimes), pode ser internado (preso), processado, sancionado (condenado) e, se o caso, cumprir a medida (pena) em estabelecimentos educacionais, que são verdadeiros presídios.
O Estatuto da Criança e do Adolescente, ao adotar a teoria da proteção integral, que vê a criança e o adolescente (menores) como pessoas em condição peculiar de desenvolvimento, necessitando, em conseqüência, de proteção diferenciada, especializada e integral, não teve por objetivo manter a impunidade de jovens, autores de infrações penais, tanto que criou diversas medidas sócio-educativas que, na realidade, são verdadeiras penas, iguais àquelas aplicadas aos adultos.
Assim, um menor com 12 anos de idade, que mata seu semelhante, se necessário, pode ser internado provisoriamente pelo prazo de 45 dias, internação esta que não passa de uma prisão, sendo semelhante, para o maior, à prisão temporária ou preventiva, com a ressalva de que para o maior o prazo da prisão temporária, em algumas situações, não pode ser superior a 10 dias. Custodiado provisoriamente, sem sentença definitiva, o menor responde ao processo, com assistência de advogado, tem de indicar testemunhas de defesa, senta no banco dos réus, participa do julgamento, tudo igual ao maior de 18 anos, mas apenas com 12 anos de idade. Não é só. Ao final do processo, pode ser sancionado, na verdade condenado, e, em conseqüência, ser obrigado a cumprir uma medida, que pode ser a internação, na verdade uma pena privativa de liberdade, em estabelecimento educacional, na verdade presídio de menores, pelo prazo máximo de 3 anos.
A esta altura, muitos devem estar se perguntando: Mas a maioridade penal não se inicia aos 18 anos de idade?
Sim e não!
A Constituição Federal (art. 228) e as leis infraconstitucionais, como por exemplo o Código Penal (art. 27), o Estatuto da Criança e do Adolescente (art. 104) dizem que sim, ou seja, que a maioridade penal começa aos 18 anos, contudo o que acontece na prática é bem diferente, pois as medidas sócio-educativas aplicadas aos menores (adolescentes de 12 a 18 anos de idade) são verdadeiras penas, iguais as que são aplicadas aos adultos, logo é forçoso concluir que a maioridade penal, no Brasil, começa aos 12 anos de idade.
Vale lembrar, nesse particular, que a internação em estabelecimento educacional, a inserção em regime de semiliberdade, a liberdade assistida e a prestação de serviços à comunidade, algumas das medidas previstas no Estatuto da Criança e do adolescente (art. 112), são iguais ou muito semelhantes àquelas previstas no Código Penal para os adultos que são: prisão, igual à internação do menor; regime semi-aberto, semelhante à inserção do menor em regime de semiliberdade; prisão albergue ou domiciliar, semelhante a liberdade assistida aplicada ao menor; prestação de serviços à comunidade, exatamente igual para menores e adultos.
É verdade que ao criar as medidas sócio-educativas, o legislador tentou dar um tratamento diferenciado aos menores, reconhecendo neles a condição peculiar de pessoas em desenvolvimento. Nessa linha, as medidas deveriam ser aplicadas para recuperar e reintegrar o jovem à comunidade, o que lamentavelmente não ocorre, pois ao serem executadas transformam-se em verdadeiras penas, completamente inócuas, ineficazes, gerando a impunidade, tão reclamada e combatida por todos.
No processo de sua execução, esta é a verdade, as medidas transformam-se em castigos, revoltam os menores, os maiores, a sociedade, não recuperam ninguém, a exemplo do que ocorre no sistema penitenciário adotado para os adultos.
A questão, portanto, não é reduzir a maioridade penal, que na prática já foi reduzida, mas discutir o processo de execução das medidas aplicadas aos menores, que é completamente falho, corrigi-lo, pô-lo em funcionamento e, além disso, aperfeiçoá-lo, buscando assim a recuperação de jovens que se envolvem em crimes, evitando-se, de outro lado, com esse atual processo de execução, semelhante ao adotado para o maior, que é reconhecidamente falido, corrompê-los ainda mais.
O Estado, Poder Público, Família e Sociedade, que têm por obrigação garantir os direitos fundamentais da criança e do adolescente (menores), não podem, para cobrir suas falhas e faltas, que são gritantes e vergonhosas, exigir que a maioridade penal seja reduzida.
Para ilustrar, vejam quantas crianças sem escola (quase três milhões) e sem saúde (milhões) por omissão do Estado; quantas outras abandonadas nas ruas ou em instituições, por omissão dos pais e da família; quantas sofrendo abusos sexuais e violências domésticas por parte dos pais e da família; quantas exploradas no trabalho, no campo e na cidade (cerca de 7,5 milhões), sendo obrigadas a trabalhar em minas, galerias de esgotos, matadouros, curtumes, carvoarias, pedreiras, lavouras, batedeiras de sisal, no corte da cana-de-açúcar, em depósitos de lixo etc, por ação dos pais e omissão do Estado.
A sociedade, por seu lado, que não desconhece todos estes problemas, que prejudicam sensivelmente os menores, não exige mudanças, tolera, aceita, cala-se, mas ao vê-los envolvidos em crimes, muito provavelmente por conta destas situações, grita, esperneia, sugere, cobra, coloca-os em situação irregular e exige, para eles, punição, castigo, internação, abrigo em instituições.
Ora, quem está em situação irregular não é a criança ou o adolescente, mas o Estado, que não cumpre suas políticas sociais básicas; a Família, que não tem estrutura e abandona a criança; os pais que descumprem os deveres do pátrio poder; a Sociedade, que não exige do Poder Público a execução de políticas públicas sociais dirigidas à criança e ao adolescente.
O sistema é falho, principalmente o da execução das medidas sócio-educativas, para não dizer falido, mas o menor, um ser em desenvolvimento, que necessita do auxílio de todos para ser criado, educado e formado, é quem vem sofrendo as conseqüências da falta de todos aqueles que de fato e de direito são os verdadeiros culpados pela sua situação de risco.
Não bastasse isso, o que, por si só, já é extremamente grave, pretendem alguns reduzir a maioridade penal, tentando, com a proposta, diminuir sua culpa e eliminar os problemas da criminalidade, esquecendo-se, porém, além de tantos outros aspectos, que metade da população é composta de crianças e adolescentes, os quais, contudo, são autores de apenas 10% dos crimes praticados.
A proposta de redução busca encobrir as falhas dos Poderes, das Instituições, da Família e da Sociedade e, de outro lado, revela a falta de coragem de muitos em enfrentar o problema na sua raiz, cumprindo ou compelindo os faltosos a cumprir com seus deveres, o que é lamentável pois preferem atingir os mais fracos – crianças e adolescentes -, que muitas vezes não têm, para socorrê-los, sequer o auxílio da família.
Por estes motivos e outros, repudiamos a proposta de redução da maioridade penal, que, se vingar, configurará um "crime hediondo", praticado contra milhões de crianças e adolescentes, que vivem em situação de risco por culpa não deles mas de outros que estão tentando esconder suas faltas atrás desta proposta, que, ademais, se aprovada, não diminuirá a criminalidade, a exemplo do que já ocorreu em outros países do Mundo.
Fonte: http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=3580
Palavras-chaves: Redução, Maioridade, Penal
Gestor da Informação: Julio César dos Santos – Articulador Social

segunda-feira, 8 de junho de 2009
MÉTODO APAC É APONTADO COMO ALTERNATIVA PARA O SISTEMA PRISIONAL
O relator da comissão, deputado Durval Ângelo (PT), disse que a realização de audiências públicas e visitas no interior do Estado estão contribuindo para que os deputados conheçam alternativas ao sistema penitenciário tradicional. O deputado considera que o atual modelo não é mais válido e o classifica como "um novo tipo de coerção social".
O desembargador Reynaldo Ximenes Carneiro, 2º vice-presidente do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) e superintendente da Escola Judicial Desembargador Edésio Fernandes, parabenizou o trabalho da Comissão Especial. "A Assembleia abre os caminhos de discussão para que o Judiciário encontre o terreno já pavimentado para solucionar os problemas que afetam a sociedade", disse.
Participantes defendem o método Apac
Muitos dos convidados da audiência destacaram as Apacs como o melhor método de pena alternativa, que se pauta no trabalho de ressocialização dos condenados com prestação de assistência social, educacional, médica e psicológica.
O desembargador Herbert José Almeida Carneiro defendeu a adoção do método Apac como política de Estado. Ele citou a Lei Estadual 15.299, de 2004, relativa a convênios entre o Estado e as Apacs, e disse que a dependência dessas instituições com relação a repasses de recursos do Estado via convênios compromete sua manutenção.
O desembargador disse que esses recursos deveriam ser previstos em dotação orçamentária, para que as Apacs tenham mais garantias. O deputado Durval Ângelo prometeu que essa questão será avaliada, mas ressaltou que se deve ter cuidado para não interferir na autonomia das Apacs. Para o parlamentar, o modelo é eficaz justamente por se tratar de uma iniciativa da sociedade. Já o presidente da comissão, deputado João Leite (PSDB), disse apoiar integralmente a sugestão do desembargador. O deputado apontou a prestação de contas dos recursos repassados pelo Estado como uma das maiores limitações para o trabalho das Apacs.
O diretor-executivo da Fraternidade Brasileira de Assistência aos Condenados, Valdeci Antônio Ferreira, ressalvou que o método Apac deve ser encarado como alternativa ao sistema prisional tradicional, não como um modelo pronto. Ele lembrou que a Apac é resultado da mobilização da sociedade civil organizada, e que "não é criada por decreto".
Valdeci Ferreira acredita que apenas uma revisão do modelo de convênio entre Estados e Apacs seja suficiente para resolver as dificuldades que essas instituições enfrentam. Ele defendeu ainda a construção de unidades prisionais de forma descentralizada, para que os condenados possam cumprir suas penas em locais mais próximos de suas cidades e, assim, contar com o apoio de suas famílias.
Experiências de êxito - Magda Mendes, da Apac de Nova Lima, afirmou que a instituição conta com o envolvimento da comunidade e com o apoio do poder público, do Judiciário e de empresas. "Trabalhamos de maneira integral, para colocar as pessoas numa condição humana fazendo com que sejam donas do seu próprio destino, com responsabilidade", enfatizou. Para ela, o acompanhamento psicológico é fundamental não só para os detentos, como também para as famílias.
Jeime Faria, da Apac de Itaúna, disse que são 160 recuperandos no município, e que há um projeto para aumentar 50 vagas masculinas, mas isso depende de verbas do Estado. Ela destacou que aqueles que são atendidos veem na Apac uma porta para a recuperação. "Nós mostramos para eles que somos educadores", pontuou.
Execução das penas esbarra em falta de integração de informações
Outro problema para a gestão da execução das penas é o fato de os sistemas de informações sobre os presos não serem integrados, segundo apontou o desembargador Herbert Carneiro. Ele disse que informações mais recentes das unidades prisionais, como novas entradas ou fugas de presos, não constam no Sistema Computacional de Acompanhamento Processual das Comarcas (Siscom), pelo fato de esse sistema não estar interligado ao Sistema Integrado de Informações Penitenciárias (Infopen).
O diretor de articulação do atendimento jurídico da Secretaria de Estado de Defesa Social, Alexandre Martins da Costa, comunicou que o Estado já estuda meios para integrar esses sistemas. Para permitir a integração, o diretor informou que é necessário transformar o Siscom em um sistema estadual, a exemplo do Infopen.
O deputado Durval Ângelo informou que o sistema de informações que os promotores e técnicos da comarca de Governador Valadares pode ser muito útil. Segundo o deputado, pelo programa é possível acompanhar todas as informações referentes aos processos de execução das penas, inclusive a indicação dos detentos que têm direito à progressão de regime.
Grupo defende tratamento digno aos presos
Representantes do Grupo de Amigos e Familiares de Pessoas em Privação de Liberdade marcaram presença na reunião para falar dos maus tratos a que são submetidos os presos. A advogada da entidade, Fernanda Vieira, relatou as principais queixas trazidas pelos parentes dos presos.
Abuso nas rotinas de revista dos presos e dos visitantes, o uso de força além da necessária para combater as rebeliões dos detentos e a transferência arbitrária de presos são algumas dessas queixas. "Quando uma pessoa é presa, ela perde o direito à liberdade, não os outros direitos", frisou a advogada. Ela apontou como exemplo o direito do preso de cumprir pena perto da família. "Os sentenciados que contam com o apoio familiar dificilmente reincidem", afirmou.
Fernanda Vieira disse ser fundamental que sejam criados mecanismos de atenção aos detentos que apresentam sofrimento mental e danos psicológicos. Segundo ela, essa população carcerária precisa de um tratamento especializado.
O desembargador Herbert Carneiro mostrou-se preocupado com a população carcerária feminina, que está crescendo quatro vezes mais que a masculina, de acordo com dados que apresentou. Ele estima que até 2012 serão 50 mil mulheres no sistema prisional brasileiro. Esse crescimento, segundo o desembargador, exige que o Estado crie políticas específicas para a execução de penas das mulheres. Apontou como avanço a Lei Federal 11.942, editada no mês passado, que altera a Lei Federal de Execução Penal, prevendo a construção de berçários e creches nas penitenciárias femininas. Ele lamenta, entretanto, que os portadores de sofrimento mental não tenham sido contemplados por essa lei.
Requerimentos - A comissão aprovou requerimento do deputado João Leite para envio de ofício ao presidente do Tribunal de Justiça para que informe o número de pessoas que são encaminhadas às comunidades terapêuticas para o cumprimento de penas alternativas.
A comissão aprovou também quatro requerimentos do deputado Durval Ângelo. O primeiro solicita a prorrogação dos trabalhos da Comissão Especial por mais 30 dias. O deputado também fez requerimento de audiência pública para ouvir os promotores da Vara de Execuções Criminais de Governador Valadares e os funcionários da secretaria da Vara sobre o sistema informatizado de acompanhamento da execução criminal dos sentenciados da comarca.
Outro requerimento é para que seja encaminhado ao secretário de Defesa Social, à Corregedoria da Secretaria de Defesa Social e ao juiz da Vara de Execuções Criminais de Uberlândia o relatório elaborado pela vereadora Liza Prado, sobre irregularidades nas unidades prisionais do município.
O último requerimento é para que seja encaminhado ofício à Secretaria de Defesa Social solicitando a liberação de verba para aquisição e reforma de um imóvel para o funcionamento da Apac de Uberlândia.
Presenças - Deputados João Leite (PSDB), presidente; Durval Ângelo (PT), relator; e Fábio Avelar (PSC). Também participaram da reunião as representantes do Grupo de Amigos e Familiares de Pessoas em Privação de Liberdade, Fernanda Monteiro, Diná Freitas Borges e Soraia Gomes Pedra; a defensora pública da União Giedra Cristina Pinto Moreira; o presidente da Apac de Sete Lagoas, Flávio Rocha; a diretora jurídica da Apac de Sete Lagoas, Margareth Rebelo; a defensora pública de Nova Lima Renata Salazar; a representante da Capelania Prisional, Mônica Peixoto; e a representante do departamento jurídico da Apac de Nova Lima, Juliana das Mercês Vaz.
Fonte: Assessoria de comulicação Assembléia Legislativa de Minas Gerais
Palavras-chaves: Método, APAC, Presos
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